Abraços Partidos



Muito bom o filme "Abraços Partidos", de Pedro Almodóvar. Sem dúvida, este é um dos melhores que já assisti.

Para quem gosta de um bom filme, recomendo esta película.

Ao invés de escrever mais e mais, prefiro compartilhar algumas críticas que achei no Dr. Google:



Cena do filme Abraços Partidos, Pedro Almdóvar (2009).

Pedro Almodóvar, mais uma vez, encanta a platéia com uma fórmula que ele conhece bem – a excelência. Cores fortes, vibrantes, temática feminina, desejo de vida, e Penélope Cruz como musa, é claro, e um pouco de nudismo. O filme conta a história de um cineasta (Lluiz Homar), que ficou cego durante um trágico acidente de carro; o trauma o fez assumir seu pseudônimo, Harry Caine. Muitos anos depois, a partir das lembranças do cineasta, a história de amor entre ele e Lena (Penélope), separados pelo acidente citado, é desvendada.

Os dois apaixonaram-se durante as gravações do filme ‘Mujeres y Maletas’, o qual Harry dirigia e Lena era atriz. Porém, havia um impedimento, o marido de Lena, Enrique Martel, um grande empresário que bancava o filme, possessivo, ninfomaníaco e pelo menos 30 anos mais velho que ela, usava o seu poder para separar os dois. No dia do aniversário de Harry, a sua produtora Judit faz confissões que muda o rumo da história. Para Harry, finalmente, o fechamento de um ciclo, simbolicamente expresso na escultura giratória que ficava em frente ao local do acidente, e na reedição do filme ‘Mujeres y Maletas’ – uma alusão a “Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos” -, que havia sido sabotado a mando de Enrique Martel. O filho de Martel havia filmado o acidente, o último beijo de Herry e Lena segundos antes da tragédia, o qual agora Mateo, nome verdadeiro de Henry, se delicia tocando as imagens em um televisor.

fonte: http://revistazena.com.br/ii-janela-internacional-de-cinema-do-recife/



Crítica: Abraços PartidosNovo filme de Pedro Almodóvar assume de vez a cinefilia e as autoreferências de seu cinema recente
Marcelo Hessel
01 de Outubro de 2009

Abraços Partidos (Los Abrazos Rotos), o novo filme do espanhol Pedro Almodóvar com Penélope Cruz, fala da paixão pelo cinema - a julgar, sobretudo, pela única redenção possível para o seu protagonista - mas termina sendo muito mais marcante como retrato da paixão do cineasta por sua musa de Tudo Sobre Minha Mãe e Volver.

Penélope interpreta Lena, uma aspirante a atriz que, depois de se tornar companheira de um empresário milionário, seu antigo chefe nos idos de 1992, consegue a chance de estrelar Garotas e Malas, a primeira comédia do diretor Mateo Blanco (Lluís Homar) depois de uma série de dramas. Algo de fatídico aconteceu durante as filmagens, porque quando a trama avança até 2008, ano da morte do empresário, Mateo está cego e Lena é apenas uma lembrança.

A metalinguagem já presente em Fale com Ela e Má Educação - pontos de virada na carreira do diretor, em que, não por acaso, ele usa ficções dentro da ficção para tecer comentários sobre temas e estéticas do seu passado - toma conta de Abraços Partidos por completo. Garotas e Malas, o filme dentro do filme, é um Almodóvar à antiga: releitura kitsch de comédias de relacionamento e de melodramas hollywoodianos dos anos 50.

Do lado "de fora" de Garotas e Malas, temos o cineasta Mateo, com sua paixão arrebatadora por Lena, e a tragédia que acompanha essa obsessão pela imagem e pelo som da musa. Almodóvar espalha elementos sensoriais que ecoam essa obsessão: ele faz o close-up até em chapas de raios-x para dar conta da necessidade de se nutrir com tudo o que vê.

Esses simbolismos, depois de um tempo, não escapam do esquematismo e sufocam o filme. Pode até haver verdade, por exemplo, na cena em que o diretor fotografa Lena chorando enquanto assiste a Viagem à Itália, mas a demonstração exacerbada de cinefilia flerta com o artificialismo. O fato de Almodóvar inchar uma trama até certo ponto simples com nódulos questionáveis (o que querem dizer aquelas cenas do DJ e das drogas, afinal?) dá a impressão de que Abraços Partidos quer ser mais complexo e sensível e profundo do que de fato é.

Felizmente há Penélope. Não há expressão de cinefilia mais pura e descomplicada do que ver a espanhola fazendo caras e bocas de Audrey Hepburn, e nessa troca de afagos entre cineasta e musa o cinema de Almodóvar resiste ao desbotamento.

Fonte: http://www.omelete.com.br/cinema/critica-abracos-partidos/ 







Algumas curiosidades:


fonte: http://www.adorocinema.com/filmes/abracos-partidos/noticias-e-curiosidades/


- Este é o 4º filme em que o diretor Pedro Almodóvar e a atriz Penélope Cruz trabalham juntos. Os demais foram Carne Trêmula (1997), Tudo Sobre Minha Mãe (1999) e Volver (2006);


- Este é o 2º filme em que o diretor Pedro Almodóvar e o ator Lluís Homar trabalham juntos. O anterior foi Má Educação(2004);


- Este é o 2º filme em que o diretor Pedro Almodóvar e a atriz Blanca Portillo trabalham juntos. O anterior foi Volver(2006);


- Este é o 6º filme em que o diretor Pedro Almodóvar e a atriz Rossy de Palma trabalham juntos. Os anteriores foram A Lei do Desejo (1987), Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos (1988), Ata-me! (1990), Kika (1993) e A Flor do Meu Segredo (1995);


- Este é o 2º filme em que Penélope Cruz e Lluís Homar atuam juntos. O anterior foi La Celestina (1996);


- Este é o 3º filme em que Penélope Cruz e Blanca Portillo atuam juntas. Os anteriores foram Entre Rojas (1995) eVolver (2006);


- O personagem interpretado por Carmen Machi foi inspirado em Blanca Sánchez, amiga do diretor Pedro Almodóvar;


- As filmagens ocorreram entre 26 de maio e 5 de setembro de 2008;


- O caminho no qual os personagens principais sofrem um acidente de carro é o mesmo em que faleceu o artista César Manrique, anos antes. Foi Manrique quem levou o diretor Pedro Almodóvar à ilha de Lanzarote, onde ocorreram as filmagens de Abraços Partidos. Segundo o diretor isto não foi planejado, tendo apenas percebido a coincidência através dos jornais;


- O carro dirigido pelos personagens Lena e Mateo Blanco é o mesmo visto em Volver (2006) e nas cenas finais deAta-me! (1990). Ambos foram dirigidos por Pedro Almodóvar;


- O orçamento de Abraços Partidos foi de US$ 18 milhões.




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