Já participei mais fervorosamente do movimento pela democratização da comunicação. Cheguei a ser suplente do Conselho Estadual do FNDC-Bahia (Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação). Hoje em dia, não me envolvo tanto.
Mas se tem uma coisa que eu odeio é injustiça. Ainda mais com a mídia, que se utilizam de manchetes tendenciosas e dados distorcidos e manipulados, para continuar a ditar o que querem, tentando sempre dominar a mente das pessoas mais desatentas, para defender os seus interesses.
Por isso, compartilho aqui um excelente post do Blog Conversa Afiada, de Paulo Henrique Amorim:
Leia alguns trechos:
Obama, Dilma, Lula e FHC disseram neste ano que o Brasil se tornou um país de classe média. A FGV estima que, entre 1993 e 2011, 59,8 milhões de pessoas (uma França) foram agregados ao que denominamos nova classe média -vulgo classe C-, chegando hoje a 55% da nossa população.
…
Raça também: 75,2% da classe A/B é branca, enquanto 72,6% dos pobres são negros ou pardos (ditadura racial?). Há mais mulheres do que homens em todos os estratos. Na classe E, a diferença é de 0,95%, ante 7,23% na elite econômica (igualdade de gênero?).
Educação é um ativo de luxo: 47,46% da elite tem pelo menos o superior incompleto e 3,17% têm mestrado ou doutorado. Nos pobres, caem para 0,78% e 0%, respectivamente (meritocracia?). Entre quem está frequentando os bancos escolares, 73,4% da elite o faz em instituições privadas, ante 3,33% dos pobres.
O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) mostra que o aprendizado dos alunos em escolas privadas é 66,7% maior do que nas públicas.
Este post é uma singela homenagem a Ali Kamel, o nosso Gilberto Freyre, que sustenta tese interessante: não, não somos racistas.
Por isso, diz ele, o Brasil não precisa de cotas raciais nas universidades.
Já que não há, desde a Abolição, nenhum obstáculo institucional a que todo negro suba na vida.
Um jenio !
Merece outro Emmy !
Paulo Henrique Amorim
Me senti contemplado no comentário de Ivan Jotta:
Desde famigeradas leis de terras q cerceavam o acesso dos ex-escravos a compra de terras e a imigração em massa européia o racismo se encontra institucionalizado no Brasil.
Uma verdadeira política pública de exclusão social.
O que gente como Ali Kamel quer provar? Por que ele se meteu neste debate? Afinal ele está com a vida ganha, no que a questão de cotas o afeta a ponto de escrever um livro sobre o assunto?
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