Pérolas da prole - Episódio: O Ovo de João

Não é de agora, que João faz Vovó Edinha rir.

(Na Foto, João com 1 ano e 5 meses, comendo de mão e Vovó se acabando de rir)

João Pedro é o meu filho do meio. Toda tarde João, Jesus (meu filhote caçula, 6 meses) e José, meu primogênito, mais conhecido como Zezinho, após a escola, vão para o Hotel Jerusalém, almoçar e passar a tarde com Vovó Edinha.

Zezinho é figura conhecida. Todo simpático, gentil e educado. Um gentleman. João Pedro, é mais rude. Após completar 6 anos de idade, tenho reparado que ele está se soltando mais.

Só para contar uma de suas peripécias, um dia desses, foi Vovó Edinha prender as galinhas. João, curioso e prestativo, foi junto.

“Dando uma geral”, de rotina no estacionamento do hotel, eis que João acha um ovo de galinha.

- Vó Edinha! Achei um ovo!!!

Vovó Edinha disse: – João, segure ai esse ovo, com cuidado!

Daí, João pergunta: - Ei Vó, se botar esse ovo aqui, choca?

Vovó respondeu: Quem sabe? Tenta ai...

Momentaneamente, João topou encarar o desafio. “Ai eu peguei, botei no meu bolso, sai mostrando para as pessoas que estavam lá pelo hotel. E sai dizendo ‘ei pessoal, olhem o meu filho!’ – gabou-se o candidato a pai de um pintinho.

Em um descuido[1], João apertou, dizendo ele, “sem querer” e o ovo rachou um pouco.

“Vovó, será que ainda choca mesmo assim?” – perguntou, já meio triste, sem esperanças, o netinho arrependido de ter quebrado o ovo, mostrando o resultado do acidente.

Vovó Edinha deu esperanças e respondeu que se João ficasse por uns 30 dias, com o ovo entre as suas virilhas (com licença: juntinho do testículo), aquecendo e só se levantar para beber água e ir ao banheiro, talvez o ovo chocaria.

João, todo corajoso, mostrou-se comprometimento e mais uma vez, topou o desafio. De repente, após uns segundos de silêncio, Vovó disse “Ei, João, e quando o pintinho nascer, começar a te bicar e te chamar ‘papai!’”, disse, já se acabando de rir, a Vovó Edinha. João respondeu: “Não Vó, ele vai nascer dizendo ‘mamãe!’”, risos geral.

João ficou pensando, preocupado se teria ou não êxito em sua jornada, de repente, resolveu pedir uma ajuda divina, ajoelhou-se, levou a mão direito ao peito, a outra ergueu aos céus e implorou “Oh, Meus Deus, me ajuda a fazer esse pintinho nascer!”

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[1] O cara é meio descuidado, sempre. Diz Jôse, que puxou isso a tia Vanessa. (sic)