Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde" revela faceta pouco explorada do criador da "Playboy" - Colherada Cultural
Aproveito para compartilhar um texto muito interessante, assinado por Luty Vasconcelos, publicado no site Colherada Cultural (http://www.colheradacultural.com.br/content/20101102121802.000.6-N.php), em 02/11/2010, e compartilhado hoje no twitter @colherada:
"Hugh Hefner, o dono todo poderoso da Playboy, vem curtir o carnaval no Rio. Ele é muito mais que um velho safado fb.me/1re2CkGjO"
Uma pequena amostra do texto:
Uma pequena amostra do texto:
Aos 84 anos de idade, Hugh Hefner ainda encarna o estilo de vida de liberdade sexual que sua revista masculina defende desde que foi fundada, em 1953, mas lembra com uma lucidez invejável de sua participação na transformação da sociedade, na defesa dos direitos civis, contestando o macartismo, o racismo e a Guerra do Vietnã, defendendo da causa gay e da legalização da maconha.
Hugh Hefner, o criador da revista "Playboy", é tão conhecido pela publicação quanto pelo hábito excêntrico (e até folclórico) de viver em uma mansão cercado de belas mulheres. O documentário "Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde", em exibição na Mostra de Cinema, tem a missão de revelar que o homem de pijama é mais surpreendente e profundo do que a quantidade de garotas que namora ao mesmo tempo.
Gene Simmons, o cínico líder da banda de rock Kiss, abre o filme com sua voz grave e diz,com um sorriso discreto, não conhecer um homem que não daria seu "testículo esquerdo para ser o Sr. Hefner". É a deixa perfeita para o protagonista falar sobre a sua faceta "bon vivant", entre festas e mulheres, e do engajamento em causas primordiais para a sociedade norte-americana, nas quais atuou de maneira muito mais discreta do que a vida pública de festas e prazeres.
Aos 84 anos de idade, Hugh Hefner ainda encarna o estilo de vida de liberdade sexual que sua revista masculina defende desde que foi fundada, em 1953, mas lembra com uma lucidez invejável de sua participação na transformação da sociedade, na defesa dos direitos civis, contestando o macartismo, o racismo e a Guerra do Vietnã, defendendo da causa gay e da legalização damaconha.
A revista "Playboy" foi lançada durante o Macartismo, período de intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos, entre os anos de 1940 até meados de 1950. Em meio a uma sociedade conservadora, a publicação que trouxe na sua primeira edição uma foto de Marilyn Monroe nua em suas duas páginas centrais, não foi recebida de maneira muito amistosa. Longe dos discursos conservadores, contudo, a revista vendeu muito além das expectativas e não parou de crescer desde seu lançamento. Entre comunidades puritanas e jornalistas ferozes, Hefner construiu a imagem do homem bem articulado que defende a necessidade da liberdade sexual para a formação de uma sociedade mais saudável. Na época, o público dizia ler a "Playboy" por causa do conteúdo de primeira qualidade que estava entre as moças imorais e, sobre isso, Hef conclui: "O curioso é que depois eles só lembravam das moças."
Aos 84 anos de idade, Hugh Hefner ainda encarna o estilo de vida de liberdade sexual que sua revista masculina defende desde que foi fundada, em 1953, mas lembra com uma lucidez invejável de sua participação na transformação da sociedade, na defesa dos direitos civis, contestando o macartismo, o racismo e a Guerra do Vietnã, defendendo da causa gay e da legalização damaconha.
A revista "Playboy" foi lançada durante o Macartismo, período de intensa patrulha anticomunista, perseguição política e desrespeito aos direitos civis nos Estados Unidos, entre os anos de 1940 até meados de 1950. Em meio a uma sociedade conservadora, a publicação que trouxe na sua primeira edição uma foto de Marilyn Monroe nua em suas duas páginas centrais, não foi recebida de maneira muito amistosa. Longe dos discursos conservadores, contudo, a revista vendeu muito além das expectativas e não parou de crescer desde seu lançamento. Entre comunidades puritanas e jornalistas ferozes, Hefner construiu a imagem do homem bem articulado que defende a necessidade da liberdade sexual para a formação de uma sociedade mais saudável. Na época, o público dizia ler a "Playboy" por causa do conteúdo de primeira qualidade que estava entre as moças imorais e, sobre isso, Hef conclui: "O curioso é que depois eles só lembravam das moças."
Hef no auge do sucesso da revista Playboy nos anos 70
Apaixonado por música e
atento à necessidade de agregar valores culturais a sua ousada marca, o
empresário promoveu em 1959, em Chicago, um dos maiores encontros do Jazz
americano, o primeiro "Playboy Jazz Festival", consolidando de vez o
coelho da "Playboy" no “mainstream”.
Amigo de Martin Luther King, Hefner lutou contra o racismo de maneira pacífica e eficaz engajando os grandes talentos negros em todos os seus veículos de comunicação e comprando brigas com a legislação pela igualdade racial. No documentário, o cineasta George Lucas e o comediante Bill Maher atribuem a possibilidade de Barack Obama ter conseguido a eleição presidencial graças, em parte, ao trabalho de inclusão dos negros realizado por Hefner naquele período.
Nos anos 60 foi a vez de lutar contra as feministas. Susan Brownmiller, engajada na luta pelos direitos da mulher desde aquela época, diz que o empresário é "uma pessoa inteligente e perigosa", por conseguir manipular tantos grandes nomes do jornalismo e das artes para participar de uma publicação que trata as mulheres como animais. A resposta de Hefner é bem humorada: "Tirando a categoria animal, restam a vegetal e a mineral. Em qual delas as mulheres se encaixam?". Pelos depoimentos das feministas, é curioso notar que os direitos iguais que elas buscavam com tanta veemência não incluíam a liberdade sexual da mulher. Perfeitamente compreensível já que essas eram as filhas de mulheres oprimidas em casamentos falidos, sem direito ao mercado de trabalho e sem conhecimento do que era o prazer sexual.
São diversas as camadas desse revolucionário que mudou o comportamento da sociedade de sua época. Em "Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde" a diretora Brigitte Berman mostra um lado importante dessa figura mítica que construiu parte dos arquétipos masculinos e femininos dos dias atuais. Com cenas clássicas e sem muito dinamismo, é possível lamentar da falta de criatividade da diretora, que tinha um rico material biográfico nas mãos, uma temática interessante e conseguiu deixar o resultado final cansativo. Porém, o que vale é mesmo a curiosidade por essa historia de dicotomia entre a despreocupação do garoto e o forte engajamento do homem que habitam o eterno playboy Hugh Hefner.
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