Resumo da Olimpíadas Rio 2016

O olhar de Marketing: A marca e os mascotes da Rio 2016.


Desde a marcante passagem da Tocha Olímpica pelas ruas de Ituberá no dia 22 de maio (http://vangemedeiros.blogspot.com.br/2016/05/tocha-olimpica-da-rio-2016-passa-por.html), que já ficou um gosto especial desta edição dos Jogos Olímpicos, confirmando ao seu final, como uma Olimpíada à brasileira, para ficar na história, com a melhor participação do Brasil.

Já era Especial por ser a primeira no Brasil e na América do Sul. Especialíssima para nós de Ituberá por, entre os 5.570 municípios do Brasil, das 329 cidades escolhidas para passagem da Tocha Olímpica, Ituberá foi contemplada, entre os 417 da Bahia.
O destino nos reservou mais. Foi a melhor participação do Brasil na história dos Jogos Olímpicos. Com sete ouros, seis pratas e seis bronzes, 19 no total, ficou na 13ª posição no quadro de medalhas, feito inédito para o país.

Compartilho abaixo, textos sobre a Rio 2016, com destaque para a participação e resultados da delegação brasileira e mais abaixo, notícias com toque de “dendê” (Jornal Correio e A Tarde).



Brasil fecha a Olimpíada Rio 2016 com a melhor participação do país em Jogos
Do site El Pais – Brasil

O Brasil encerrou neste domingo a melhor participação na história dos Jogos Olímpicos. Com sete ouros, seis pratas e seis bronzes, 19 no total, ficou na 13ª posição no quadro de medalhas, feito inédito para o país.
Ainda assim, a classificação ficou abaixo da projeção inicial do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que esperava que o Brasil terminasse a Olimpíada Rio 2016 entre os dez primeiros. Pouco antes do início, o Comitê reviu a meta e disse que 12º lugar já não seria ruim. O resultado final, muito próximo do esperado, só foi possível graças a boas surpresas e medalhas inéditas para os atletas brasileiros. Apenas um dos três campeões em Londres 2012 conquistou pódio no Rio. Ouro há quatro anos, o ginasta Arthur Zanetti ficou com a prata desta vez. Sarah Menezes, no judô, e a seleção feminina de vôlei ficaram fora do pódio.
É consenso entre os atletas e treinadores brasileiros que a melhor participação do país em Olimpíadas foi resultado do investimento recorde feito pelo Governo federal desde 2012. Levantamento feito pelo portal UOL calcula que foram gastos pelo menos 3,19 bilhões de reais na preparação para a Rio 2016, cerca de 50% a mais do que o investimento para Londres 2012. O melhor resultado do Brasil, portanto, tem que ser colocado em perspectiva, já que, apesar do investimento recorde, foram apenas duas medalhas a mais do que as 17 de 2012.
Em entrevista coletiva neste domingo, o ministro do Esporte, Leonardo Picciani, desvinculou o número de medalhas ao sucesso brasileiro nos Jogos e foi contra o discurso do COB. “A conquista de uma medalha depende de uma série de fatores, das peculiaridades do dia. Portanto, não podem ser as medalhas o padrão de avaliação de atuação de uma delegação”.
O ministro preferiu falar sobre o que deu certo na Olimpíada e aproveitou para garantir a continuidade de projetos como o Plano Brasil Medalhas, lançado pela presidenta Dilma Rousseff em 2012. “O Brasil disputou 50 finais contra 36 em Londres. O país registrou uma curva de crescimento extraordinária no Rio e queremos melhorá-la para avançar em 2020. Nesse sentido, manteremos e aperfeiçoaremos os programas já em implementação pelo Governo”, disse.

Comentário: Li em outras fontes que nesta edição dos Jogos Olímpicos foram 71 participações de brasileiros(as) em finais olímpicas (Ficando entre os 8 melhores de sua modalidade), quase o dobro de 2012.


Texto sobre olimpíadas com toque de “dendê”:


Por que a Bahia 'brocou' (e muito) nos Jogos Olímpicos Rio 2016
Jornal Correio

A chama da pira olímpica pode até ter se apagado, mas o brilho dos baianos ficará para sempre marcado na história dos Jogos. O sucesso do time brasileiro, que bateu seu recorde em número de medalhas conquistadas, teve uma participação para lá de importante de atletas baianos. Eles protagonizaram momentos épicos e deixaram seus nomes - e o do estado - gravados na história dos Jogos.

Rogério Micale, treinador da seleção brasileira olímpica
Natural de Salvador, ele entra para a história do Brasil em Jogos Olímpicos por ter sido o treinador responsável por comandar a Seleção do primeiro ouro do Brasil no futebol. Substituto de última hora, pegou para si a pressão pelo resultado e armou um time ofensivo, ousado e defensivamente impecável - tomou apenas um gol em toda a competição. Ele conquistou a imprensa mesmo nos resultados ruins nas primeiras partidas quando pediu desculpas à torcida brasileira. Como treinador não ganha medalha, somente o atleta, ele garantiu que vai providenciar uma réplica.

Robson Conceição, medalha de ouro inédita no boxe
O boxeador levou o nome de Boa Vista de São Caetano, bairro humilde da capital baiana, para o noticiário internacional ao conquistar a inédita medalha de ouro no boxe olímpico para o Brasil. Robson, certamente, foi um dos grandes personagens dessa Olimpíada, principalmente pela sua trajetória até o ouro. O atleta, agora campeão olímpico, revelou que entrou no boxe porque queria aprender a brigar no Carnaval de Salvador. Ele voltou para sua casa antes do encerramento e, desde que pisou na capital soteropolitana, teve tratamento de rei.

Isaquias Queiroz, medalha de duas pratas e um bronze na Canoagem
Outro que pôs o seu nome no Olimpo dos grandes atletas. Baiano de Ubaitaba, Isaquias Queiroz é o primeiro atleta brasileiro a conquistar mais de uma medalha em uma mesma Olimpíada. Com duas pratas (uma delas ao lado do, também baiano, Erlon de Souza) e um bronze, o baiano ganhou tanta repercussão que foi honrado com o posto de porta-bandeira do Brasil na festa de encerramento.

Ganhadeiras de Itapuã, atração à parte na festa de encerramento
O tradicional grupo de samba de roda do bairro de Itapuã marcou presença na festa de encerramento da Olimpíada. Criado em 2004, o grupo cumpriu o seu propósito de resgate e fortalecimento da identidade cultural do célebre bairro de Salvador: as meninas levaram muita beleza e tradição da arte local e encantaram a todo o mundo com sua participação.

Mariene de Castro, atração na festa de encerramento
Com uma carreira já consolidada no samba, Mariene de Castro deu um show e um belo cartão de visitas para quem não a conhecia. A sambista baiana foi o principal destaque na festa de encerramento da Olimpíada do Rio de Janeiro. Foi ao som da sua voz, enquanto cantava a canção "Pelo Tempo Que Durar", que a chama olímpica finalmente foi apagada, dando fim a Rio 2016.

Arena Fonte Nova, força dos orixás para fazer gols
Assim como na Copa do Mundo de 2014, a Fonte Nova fez bonito nesta Olimpíada. A fama de ser "fonte dos gols" funcionou novamente: foram 42 gols em 10 partidas disputadas, entre masculino e feminino. O "axé da Bahia" ajudou, inclusive, a Seleção Canarinho, que venceu a sua primeira partida nos Jogos em Salvador: 4 a 0 contra a Dinamarca, dando adeus à urucubaca e garantindo classificação rumo ao ouro olímpico.

Caetano Veloso e Gilberto Gil
Os dois mestres da MPB e baianos mais que ilustres fizeram um lindo show na cerimônia de abertura dos Jogos. Ao lado da cantora Anitta, Caetano e Gil - que estava internado no hospital e recebeu alta justamente para se apresentar no evento - emocionaram a todos presentes e a quem assistia em casa e foram sucesso de crítica internacional.




Cerimônia de abertura olímpica dá show de criatividade
Jornal A Tarde

Sob muita expectativa e após vários 'jeitinhos' para que tudo desse certo de última hora, os Jogos Olímpicos do Rio-2016 foram oficialmente abertos na sexta-feira, 5, com uma bela festa no estádio do Maracanã. A Cerimônia de Abertura misturou simplicidade, tecnologia na medida certa e participação da plateia para dar ao público uma homenagem às florestas brasileiras e à criatividade e diversidade da população do país, com muita dança e ao som de samba, bossa nova e funk.
Ao contrário das cerimônias de abertura de Pequim-2008 e Londres-2012, a do Rio contou mais com o talento de  artistas do país, como Zeca Pagodinho, Marcelo D2, Gil e Caetano, e de festas regionais da cultura nacional, como a 'Guerra de Espadas' da baiana Cruz das Almas,  do que com altos investimentos em tecnologia.  Ponto alto para o hino brasileiro cantado por Paulinho da Viola e para um desfile de 100 metros da top model Gisele Bündchen ao som de Garota de Ipanema.
Quebrando a tradição, a festa também não escondeu as mazelas do país e da cidade, celebrando a cultura das favelas e mostrando a desigualdade social presente na vida dos cariocas. O mesmo valeu para a História do Brasil, apresentada sob um tom crítico com a chegada dos portugueses  para conquistar a terra dos índios e com o uso de escravos africanos por 400 anos.
A cerimônia também foi usada para chamar a atenção dos 3 bilhões de pessoas assistindo ao evento pela tevê sobre a importância da preservação ambiental. No sempre cansativo desfile das delegações, por exemplo, cada porta-bandeira plantou sementes de 207 espécies diferentes, que serão colocadas no local em que hoje está instalado o Parque Radical, no Complexo Esportivo de Deodoro, onde será criada a Floresta dos Atletas.
O ápice da cerimônia foi o desfile da delegação brasileira e o acendimento da Pira Olímpica, com a surpresa da escolha do ex-maratonista Vanderlei Cordeiro, famoso pelo episódio de ter sido barrado por um manifestante quando liderava a prova em Atenas-2004, e ter se recuperado e conquistado o bronze. Coube a Guga entrar com a tocha no estádio, passá-la para Hortência, que então a deu para Vanderlei.


Mais informações sobre a Rio 2016:


A Oficialização da Rio 2016
A candidatura do Rio de Janeiro como cidade-sede dos Jogos Olímpicos 2016 foi oficializada em 2007, ao lado das cidades de Madri, na Espanha, Chicago, nos Estados Unidos, e Tóquio, no Japão. Para definir o local, o Comitê Olímpico Internacional (COI) levou em consideração a existência de instalações esportivas na cidade e os projetos de investimento na infraestrutura necessária para o evento.

Com a realização dos Jogos Pan-americanos no Rio de Janeiro em 2007, a capital fluminense contou com a vantagem de já possuir um legado esportivo que poderia ser usado nas olimpíadas. O resultado da escolha do COI foi divulgado no dia 2 de outubro de 2009, em Copenhague, na Dinamarca.

Essa é a primeira edição dos jogos realizada em uma cidade da América do Sul. Los Angeles, Cidade do México e Montreal são algumas das cidades da América do Norte que já receberam o evento. Para testar a estrutura dos jogos, o Comitê Organizador preparou 39 eventos-teste, que ocorreram entre agosto de 2015 e maio de 2016.

Além das obras para os complexos onde serão realizados os jogos, investimentos foram feitos em outras áreas. Foi necessária a criação de um plano de políticas públicas com obras para melhorar a infraestrutura urbana da cidade, como mobilidade.

A principal obra realizada para receber os jogos foi o Parque Olímpico, em Jacarepaguá. Com mais de um milhão de metros quadrados de área, os três pavilhões esportivos contam com espaço para 36 mil lugares. O Parque Olímpico vai abrigar 16 modalidades olímpicas e 9 paraolímpicas. Também foram construídos o Parque dos Atletas, o Campo de Golfe Olímpico, o Complexo Esportivo de Deodoro, além da reforma do Sambódromo, que deve receber provas de tiro com arco e maratona.

Símbolos do Rio 2016
Acesa no dia 21 de abril de 2016, em Olímpia, na Grécia, a Tocha Olímpica dos jogos de 2016 foi conduzida durante cinco dias por cidades da Grécia até embarcar para o Brasil. No país-sede dos jogos, a tocha deve passar por 329 cidades em todos os estados e no Distrito Federal.
O objeto que representa o espírito dos jogos foi inspirado na cidade do Rio Janeiro. Cinco segmentos ao longo da tocha abrem-se, expandindo o seu tamanho. A tocha mede 63,5 cm, mas pode chegar a 69 cm. As cores de cada segmento representam o céu, as montanhas, o mar e o chão.
A logo dos jogos traz três pessoas de mãos dadas, traduzindo o espírito de coletividade da competição. A imagem lembra também o Pão de Açúcar, um dos principais cartões-postais do Rio de Janeiro. A logo também faz referência ao coração e dá a impressão de estar em constante movimento.
Outro símbolo que representa os Jogos Olímpicos do Rio é o mascote. Vinícius é um animal que nasceu da mistura de diversos bichos da fauna brasileira. O nome é inspirado no poeta e compositor Vinícius de Morais e foi escolhido pela população por meio de uma votação. Já Tom é o mascote das Paraolimpíadas, uma homenagem a Tom Jobim, ícone da Bossa Nova, e à fauna brasileira.


Logomarca e mascotes da Olimpíada do Rio de Janeiro



A Olimpíada em números:

  • Durante os 19 dias de jogos olímpicos no Rio de Janeiro, participaram mais de 10 mil atletas, que disputaram em 42 modalidades Olímpicas um total de 306 medalhas, sendo 136 femininas, 161 masculinas e 9 mistas.


  • Em 2016, os atletas brasileiros conquistaram 19 medalhas, sendo 7 de ouro, 6 de prata e 6 de bronze, terminando em 13º lugar. Em Londres 2012, o Brasil terminou em 22º lugar no quadro de medalhas, tendo conquistado apenas de três medalhas de ouro.
  • O Brasil tem outros números a comemorar: o recorde de modalidades no pódio, com 12 esportes diferentes com medalha. E também o recorde de 71 participações em finais olímpicas (Ficando entre os 8 melhores de sua modalidade), quase o dobro de 2012 (36).
  • Segundo informações da Autoridade Pública Olímpica (APO), os gastos com os jogos eram estimados em R$ 28,8 bilhões quando a candidatura foi lançada. O valor dos investimentos foram atualizados e já passa dos R$ 39,1 bilhões. A cifra é maior do que o que foi gasto durante a Copa de 2014, mas é inferior aos R$ 65,3 bilhões investidos em Londres nas Olimpíadas de 2012.
  • Foram colocados a venda 7,5 milhões de ingressos para os 19 dias de jogos. Além de turistas de diversos estados brasileiros, o Rio de Janeiro deve receber aproximadamente 400 mil visitantes estrangeiros.



Fontes:

http://brasil.elpais.com/brasil/2016/08/22/deportes/1471820821_963883.html

http://atarde.uol.com.br/olimpiada/noticias/1792146-cerimonia-de-abertura-olimpica-da-show-de-criatividade

http://www.correio24horas.com.br/single-olimpiada/noticia/por-que-a-bahia-brocou-e-muito-nos-jogos-olimpicos-rio-2016/?cHash=d82719f3231e5561af1df34981d76dbc

BATISTA, Rafael. "Olimpíadas Rio 2016"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/educacao-fisica/olimpiadas-rio-2016.htm>. Acesso em 25 de agosto de 2016.

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